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Brazil
Eu sou o que os seus olhos podem ver.

Estrangeiro.

Sou um estrangeiro para minha alma,
quando minha lingua fala, meu ouvido estranha-lhe a voz,
quando meu eu interior ri ou chora, ou se entusiasma,
ou treme, meu outro eu estranhao que ouve e vê,
e minha alma interroga minha alma, mas
permaneço desconhecido e oculto,
velado pelo nevoeiro,
envolto no silencio.

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Diário do silêncio.